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A mostrar mensagens de setembro, 2017
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'The Theory Of Everything', Drama/Romance, por James Marsh. O filme foi inspirado na obra  Travelling to Infinity: My Life with Stephen  de Jane Wilde Hawking, onde descreve o relacionamento com Stephen Hawking e a luta e desafio com a Esclerose Lateral Amiotrófica - ELA. Expõe as descobertas relevantes no mundo da ciência, por parte do astrofísico, e retrata o lado emocional do romance com Jane Wilde.  Não há muito mais a dizer com respeito ao filme, só visto, e digo-vos que, se já admirava Stephen Hawking pelo cérebro brilhante e genial, fiquei com um imenso respeito e carinho para com Jane. Brilhantemente retratados por Eddie Redmayne e Felicity Jones.  Quanto ao soudtrack, ab-so-lu-ta-mente fabuloso!!! Jóhann Jóhannsson é absolutamente maravilhoso. 'There should be no boundaries to human endeavor. We are all different. However bad life may seem, there is always something you can do, and succeed at. While there's life, there is hope.' 'One of
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'The Neon Demon', Drama/Thriller, dirigido por Nicolas Winding Refn.   A trama gira em torno de Jesse (Elle Fanning), jovem modelo iniciante, com rápido ascensão graças à sua beleza natural. O filme aborda a temática do padrão de beleza na sociedade, bem como inveja e transtorno causado, por tudo aquilo que és e alcanças.  Numa das cenas, Refn usa um leopardo simbolizando metaforicamente as modelos, como uma beleza rara, extenuante, exótica, diferente das demais. São notórias as mudanças psicológicas, tanto na protagonista, à medida que alcança sucesso, como das restantes personagens, com eventuais fracassos, originando ambiente hostil e competitivo, transformando por completo as pessoas. É a velha história da miúda do interior, magoada, vulnerável, sensível e medrosa em busca de fama e reconhecimento, acabando por ser 'carne para canhão'. Todo o filme é dotado de metáforas, numa leitura muito estética e uma violência distópica. O namorado de Jesse, funciona
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'Once',  Drama/Romance, direcção por John Carney. A história do filme é bastante simples. Pelas ruas de Dublin, um músico e compositor das próprias músicas, conhece uma imigrante tcheca, vendedora de flores, que se encanta pelas melodias. Sem darem por ela, começam a compor canções e a trabalhar juntos. As músicas reflectem o sentimento que vai crescendo entre eles, mas há um senão ... Ela é casada e ele saído de um relacionamento amoroso frustrado.  O curioso, é que os papéis que interpretam no filme, são as suas personagens reais, sendo Glen Hansard e Markéta Irglová os seus verdadeiros nomes.  Glen Hansard é músico, compositor e actor irlandês. Vocalista e guitarrista na banda irlandesa The Frames. Já Markéta, igualmente música, compositora, actriz e cantora, é, junto com Glen Hansard, membro da banda The Swell Season. 'Falling Slowly', foi uma das canções de autoria de Glen e Markéta, para o filme, recebendo o Óscar de Melhor Canção Original, e tenho-vos
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'Eternal Sunshine Of The Spotless Mind',  Ficção Científica / Drama, por Michel Gondry. O filme aborda temas como a memória, o passado, presente e futuro de uma relação, de rotinas, desgaste, do quanto a comunicação é importante, fundamental, numa relação a dois (seja qual for).  J oel Barish (Jim Carrey) e Clementine Kruczynsk (Kate Winslet), (re)conhecem-se por mero acaso no interior de um comboio, iniciam um diálogo simples revelador duma química inabalável entre ambos, apesar das notórias diferenças. Reconhecem-se, sem noção imediata disso, porque já se haviam cruzado anteriormente, já haviam partilhado uma relação, quando numa discussão, Clementine contrata uma clínica para apagar todas as suas memórias de Joel e da relação de ambos.  O filme decorre com lapsos e memórias de Joel sendo apagadas pelo processo da mesma empresa, fazendo com que recorde os primeiros encontros, diálogos, feitios, características, as mudanças de cor de cabelo de Clem, e todas as essências
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'Me Before You',  direcção por Thea Sharrock. Drama romântico de 1h51m, adaptado do Romance escrito em 2012 por Jojo Moyes. Não é um filme genial, mas é suficientemente bom para nos fazer reflectir sobre a vida, a essência da mesma e daquilo que somos, sobre as prioridades e como se reflectem nas nossas escolhas. Traz-nos superação, as mudanças da vida e as mudanças que a vida pode ter em nós. Toca também, embora de forma suave e discreta, uma temática algo sensível, e que também aqui em Portugal tem sido muito debatida ultimamente, o término de vida medicamente assistido.  O filme conta a história de Will Traynor, (brilhantemente mostrado por Sam Claflin), um jovem dinâmico, desportista, rico, lindo e louco, que sofre um acidente, lesiona a medula de forma irreversível, ficando tetraplégico e perdendo por completo o gosto pela vida.  Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada para cuidar de Will. Depois de meses de convivência, Lou descobre que Will tem planeado e i
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'World of Tomorrow' , Ficção científica/Drama, realização por Don Hertzfeldt, ilustração por Julia Pott. Indicado a o Óscar de melhor curta metragem de animação em 2016 e premiado no Festival Sundance de Cinema. Emily Prime do presente, uma menina de (sensivelmente) quatro/cinco anos, e Emily do futuro, clone de terceira geração (mais de 200 anos no futuro), conversam e navegam num passeio futuro distópico de apenas 17 fabulosos minutos. As vozes são absolutamente amorosas, sendo Emily (clone) voz por Julia Pott, e Emily Prime a gravação de Winona Mae, a voz da própria sobrinha de quatro anos, do diretor, com a devida edição adequada à narrativa. O resultado é delicioso e deixa-nos com um carinho no peito e um sorriso no rosto.  'World of Tomorrow' prima pela originalidade e simplicidade, de forma tão certeira que encantará quem o vê, e certamente deixará qualquer pessoa a pensar no presente, no passado e a ponderar o futuro.  "That's the thing abou
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'Raw' ou 'Grave ', Drama/Terror, direcção por Julia Ducournau. O filme aborda uma temática polémica de forma directa: o canibalismo. (Ao que se consta, houve inúmeras pessoas a sentirem-se mal no Festival de Toronto).  O que faz da longa- metragem de Julia Ducournau tão incómoda, deve-se à forma explícita como é mostrada a temática, mas também a maneira como a trama se desenvolve, perturbadora, claustrofóbica, algo grotesca e nojenta.  Justine (brilhantemente representada por Garance Marillier), tímida, vegetariana, caloira na mesma universidade de veterinária que a irmã Alexia (Ella Rumpf) frequenta ... (Só pelo nome ganhou ... Umpf! Lol!).  Na mesma semana, numa praxe académica, os veteranos obrigam Justine a comer um pedaço cru de fígado de coelho, o que acaba por lhe causar uma alergia na pele. E a trama começa aí ... 'Raw '  traz-nos um duplo sentido do título. Refere-se como o próprio nome indica, à carne crua, que a protagonista consome; Seg
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'Enter The Void',   de Gaspar Noé. Gaspar Noé, chegou-me através duma curta-metragem de 2006, ' AIDS'. Uma das oito curtas que fazem parte de uma longa-metragem. São 19 minutos intensos, que nos mostram o relato de um homem, Dieudonne Ilboudo (1964-2005), infectado com o vírus HIV, dando testemunho da sua vida e da nova visão da vida e do mundo, daquilo que o rodeia.  Noé é um cineasta argentino que aborda em todos os filmes as temáticas sensíveis, como o sexo, drogas, violência e vingança. Ou se ama ou se odeia, não existe meio termo! O segundo filme que vi, foi 'Irreversible', e conta isso mesmo, violação e vingança, com laivos de prazer e emoção. Este, como todos, causou um enorme impacto a quem o viu (especialmente os 9minutos da cena da violação à personagem representada pela fabulosa Monica Bellucci, chocando a maioria dos espectadores, inclusivamente no Festival de Cannes). O segundo filme visto foi 'Love', Drama/Erótico, aborda a sexuali
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'O  Segredo de Sophia ',  Romance Histórico,  por Susanna Kearsley.  A primeira obra lida foi 'Mariana', a título de curiosidade, uma vez ser o meu nome. Um Romance que nos transporta, que nos faz acreditar na reencarnação, em Amor, em pessoas e sítios certos e destinados. Leitura cativante que expõe as temáticas da genealogia e de vidas passadas de forma cuidada e arrebatadora. 'O Segredo de Sophia',   é  um romance histórico maravilhosamente detalhado, com uma história de amor que transpõe o tempo. Aborda as mesmas temáticas de 'Mariana' , embora numa perspectiva totalmente diferente, envolvendo duas histórias, numa só, detalhes históricos fabulosos, descritos e desenvolvidos, que nos remetem a uma Escócia diferente, mais calorosa, do que da Escócia, cinzenta e fria, característica. O livro inicia com Carrie, uma escritora de sucesso, a viajar até à Escócia, sentindo uma ligação imediata ao Castelo de Slain e às paisagens da Escócia, super
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'The Broken Circle Breakdown - Alabama Monroe' , Drama/Romance belga, direcção por Felix Van Groeningen, de 2012. Fica difícil fazer uma crítica sóbria e certeira deste filme. Primeiro porque é descrito na perfeição, detalhando com exactidão temas bastante sensíveis, como a dor desmedida da perda, de morte em circunstâncias não naturais e dramáticas, mas também, porque une a música à história.  Conta uma história de amor à primeira vista, apesar das diferenças óbvias, entre Elise Vandevelde (Veerle Baetens), proprietária de uma loja de tatuagens e Didier Bontinck (Johan Heldenbergh), músico. A felicidade é completa com o nascimento de Maybelle.  É um melodrama claro e sem hesitações, um filme denso e difícil de assimilar, puxando o lado mais íntimo das nossas emoções.  A noticia de que Maybelle tem leucemia marca ambos de uma forma quase irreversível. Já imaginaram a dor da perda de um filho? Mais, já imaginaram a dor imensa que é a perda, nestas circunstâncias? A tr
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'Hacksaw Ridge ', de Mel Gibson.  Drama/Ficção Histórica, 2016. Vi-o numa sala de cinema Lusomundo, na companhia da Cristina e uma data de pessoas, mastigadoras de pipocas e usuárias de telemóveis, enquanto pontapeiam consecutivamente as cadeiras da frente (é o único senão da experiência). O filme é fabuloso! Uma vez mais, Mel Gibson (realizador), não desilude. Seguramente recordarão ' Braveheart ', ' A Paixão de Cristo ', ' The Man Without a Face ' ou 'Apocalypto' , brilhantemente dirigidos por Mel, não falando na filmografia completa.  'Hacksaw Ridge' , é um biografia de guerra, narra a história de um soldado, Desmond Doss, maravilhosamente retratado por Andrew Garfield, durante a Segunda Guerra Mundial, na Batalha de Okinawa, médico pacifista que recusou dar uso a qualquer arma ou sequer a matar, fosse quem fosse, tornando-se o primeiro objector de consciência (pessoa que segue princípios religiosos, morais ou éticos, incom
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'The Book Thief , livro por Markus Zusak.  Leitura obrigatória! AMEI! (Não precisava dizê-lo, pois não?). Foi inclusivamente passado para cinema, em 2013, ficando, na minha opinião, aquém das letras. O livro está consideravelmente  melhor, embora o filme tenha sido muito bem retratado, passando a mensagem e as melhores passagens escritas (um ou outro erro,facilmente despercebido). Passa-se na Alemanha, aquando da Segunda Guerra Mundial, tendo como personagem principal Liesel Meminger e a morte como narradora. Liesel lida com diversas perdas. A perda de um pai que desconhece, do irmão mais novo que morre no comboio, da mãe que a entrega para adopção. É adoptada por um casal, Hans e Rosa Hubermann,  mantém  uma relação próxima com o que virá a ser o seu melhor amigo, Rudi e partilha o poder das palavras com Max. A pobreza e decadência causada pela situação politica Germânica e graças ao horror deixado pelo Regime Nazi, Liesel perderá todos. O final é um autêntico miminho
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'Miss Violence' , de Alexandros Avranas.  Drama, de 2013, alternativo. Foi o meu primeiro filme grego, creio. A direcção de Alexandros Avranas é inteligente e o trabalho dos actores é brilhante, particularmente por parte do elenco jovem/infantil, retratando na perfeição as cenas mais aterradoras e delicadas. Themis Panou e Reni Pittaki  são dois exemplos de um trabalho sombrio e sóbrio, não deixando grande espaço para melodramas. O filme está muito bem conseguido, retratando na perfeição uma Grécia fria e os problemas financeiros vividos, bem como uma situação real e tantas vezes (quase me atreveria a dizer sempre ) disfarçada, que passa despercebida aos olhos de qualquer um, tantas vezes silenciado entre quatro paredes. Temáticas sensíveis como suicídio, pedofilia, abuso e escravatura sexual, incesto, aborto, gravidez na adolescência, violência doméstica, disfunções familiares e relação com os outros. Valeu a Avranas  o Leão de Prata no Festival de Veneza e de diversos pr
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'Black Cat, White Cat', de Emir Kusturica.  Não vos conto o filme, mas é uma comédia romântica muito muito boa ... um filmaço!! Há muito que ouço coisas boas de Kusturica e finalmente comprovo o quão completo este senhor é. Além de ser um realizador fabuloso (não desvalorizando nem retirando mérito aos actores), Kusturica é, também, um músico brilhante! A banda denomina-se Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra, com um estilo gypsy/rock delicioso ... Esteve, inclusivamente em Portugal em 2016 e voltou este ano, 2017, a Beja (se não estou em erro). Para quem não sabe, g anhou uns quantos prémios, entre eles: 'Guernica' , Primeiro Prémio do festival de Cinema Karlovy Vary, em 1978, Palma de Ouro do Festival de Cannes   e indicação a Prémio de Melhor Filme Estrangeiro  com o filme ' When Father Was Away On Business', em 1985 e 'Underground' valeu-lhe Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1995. A quem gosta de cinema, é uma obrigação
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'Only Lovers Left Alive' , de Jim Jarmusch, Thriller/Drama.  Adam um músico depressivo, Eve enigmática e apaixonada por livros, casados e apaixonados durante séculos, lidam de uma forma algo humorística com a mudança mundana, a poluição ambiental e degredo humano, que para eles é nada mais nada menos que o receio de contaminação sanguínea. O romantismo é perturbado pela chegada da irmã de Eve, e a trama toma outros caminhos.  Sou algo reticente no que respeita a vampirismos e filmes que o retratam. Não conto muitos que tenha gostado realmente, por outro lado, muitos foram os que não só não gostei, como é um quase assassinato à minha ideologia imaginativa vampírica.  Notem-se e comparem-se alguns exemplos:  'Interview With The Vampire',  de Neil Jordan; ' Queen Of The Damned ', de Michael Rymer;   ' Nosferatu',  de Friedrich Wilhelm Murnau;  'The Fearless Vampire Killers',  de Roman Polanski, entre outros que tal ... Comparem-nos a &#
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A escolha cinematográfica de ontem foi 'Maléna' de Giuseppe Tornatore.  É um Drama/Romance muito bom, vale pela história e pelo enquadramento histórico. (Além disso a bela da Monica Bellucci é única). Banda sonora excelente! 'Cinema Paradiso ' e 'The Unknown Woman ' são dois dos meus filmes favoritos, mas no geral, Tornatore nunca desilude! É absolutamente fabuloso e dos meus realizadores de eleição. ' Andiamo! Viene a comprare me le sigarette' Som:    https://www.youtube.com/watch?v=22bjwa1LpEA Acho que toda a gente esteve na pele de  Renato, já toda a gente viveu um (ou mais) qualquer amor platónico. Eu já! Um desejo profundo, uma ânsia, utopia, empatia, ilusão, conforto, imaginação, um quase sonho de partilhar dia/noite/vida com aquela pessoa que nos parece ter tanto, tudo, próximo a nós, daquilo que desejamos e/ou imaginamos bom/certo/melhor para nós ... O esticar de braço, de mão, de dedos, o quase encontro,
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Primeira mensagem. As primeiras mensagens são sempre uma apresentação/introdução esquisita, aquele momento constrangedor que não sabes o que escrever/dizer, pensas dizer mas recuas com receio da estupidez que te fervilha no cérebro e se traduz num dedilhar de teclas. Escrevo, apago, escrevo, apago, não sei o que escrever e apago.  Apetece-me escrever, numa destas coisas que ninguém presta atenção, que ninguém procura, que ninguém acha, que ninguém lê. Apetece-me escrever, só porque sim. Só porque me apetece escrever a alguém, a ninguém, que não lê, só porque sim. Apetece-me. Ontem à noite vi 'Lie With Me ', de Clement Virgo. É um desses filmes banais, um pseudo romance banal, com gente fucked up , banal, que ama e se assusta e recua e volta e procura e desespera e no final, no final tudo fica bem, porque fica sempre tudo bem, nesses quase romances. A verdade é que na vida, a maioria das relações (romances ou não), são isso mesmo: fucked up . As pessoas são a