'Enter The Void', de Gaspar Noé.
Gaspar Noé, chegou-me através duma curta-metragem de 2006, 'AIDS'. Uma das oito curtas que fazem parte de uma longa-metragem. São 19 minutos intensos, que nos mostram o relato de um homem, Dieudonne Ilboudo (1964-2005), infectado com o vírus HIV, dando testemunho da sua vida e da nova visão da vida e do mundo, daquilo que o rodeia. 
Noé é um cineasta argentino que aborda em todos os filmes as temáticas sensíveis, como o sexo, drogas, violência e vingança. Ou se ama ou se odeia, não existe meio termo! O segundo filme que vi, foi 'Irreversible', e conta isso mesmo, violação e vingança, com laivos de prazer e emoção. Este, como todos, causou um enorme impacto a quem o viu (especialmente os 9minutos da cena da violação à personagem representada pela fabulosa Monica Bellucci, chocando a maioria dos espectadores, inclusivamente no Festival de Cannes).
O segundo filme visto foi 'Love', Drama/Erótico, aborda a sexualidade, entre casal e abrangendo para uma relação a três, gravidez, suicídio, envolto em drama e mostrado por flashbacks do presente e passado, de forma acentuada.
'Enter The Void', é um filme francês, brilhantemente protagonizado por Nathaniel Brown, Paz de la Huerta e Cyril Roy. 
Gaspar Noé explora a vida após a morte de forma dolorosa, deprimente e algo decadente, citando o Livro Tibetano dos Mortos, sendo demonstrado o seu modelo de pós-morte, quando Óscar (Nathaniel Brown), traficante de droga que vive em Tóquio, é traído e denunciado por um dos seus clientes, sendo morto pela polícia nipónica. A partir daí, a sua alma vagueia pelos que lhe são próximos, mostrando o passado, presente e futuro, de forma alucinante.
Narrado na primeira pessoa, partilhando uma realidade visual próxima ao efeito fictício de alucinogénos, a quase depressão que invade o espectador e a análise ás crenças entre vida/morte/reencarnação, não deixa ninguém indiferente.

'Do you remember that pact we made? We promised to never leave each other.'




Som:       https://www.youtube.com/watch?v=3og0oFiDO3U


Falando em reencarnações, gosto de pensar que vivi noutro qualquer século e era abundantemente abastada. Isso, ou que fui a avó da avó do meu pai. Ou um passarinho quiçá. Lol!
Até prova contrária, sou imortal!..


M'.


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