'Me Before You', direcção por Thea Sharrock. Drama romântico de 1h51m, adaptado do Romance escrito em 2012 por Jojo Moyes.
Não é um filme genial, mas é suficientemente bom para nos fazer reflectir sobre a vida, a essência da mesma e daquilo que somos, sobre as prioridades e como se reflectem nas nossas escolhas. Traz-nos superação, as mudanças da vida e as mudanças que a vida pode ter em nós. Toca também, embora de forma suave e discreta, uma temática algo sensível, e que também aqui em Portugal tem sido muito debatida ultimamente, o término de vida medicamente assistido. 
O filme conta a história de Will Traynor, (brilhantemente mostrado por Sam Claflin), um jovem dinâmico, desportista, rico, lindo e louco, que sofre um acidente, lesiona a medula de forma irreversível, ficando tetraplégico e perdendo por completo o gosto pela vida. 
Louisa Clark (Emilia Clarke) é contratada para cuidar de Will. Depois de meses de convivência, Lou descobre que Will tem planeado e irá realizar suicídio assistido na Suiça.
O final, foi como deveria ser. Como ouvi noutro filme 'Estar perto não é físico', e no 'Me Before You' acontece exactamente isso, sem floreados, mostra uma realidade que 'nunca nos acontece' (porque nunca nos acontece a nós, não é?), mas ao mesmo tempo nos deixa com um calor bom no peito, porque nos faz acreditar e ter certeza que Amor é isso mesmo, transcende a própria vida, transforma o que e quem somos, muda-nos o destino, as vontades, as prioridades. 
Levem pipocas, mas não esqueçam o lencinho de papel!
A trilha sonora por Craig Armstrong, não passa despercebida. A escolha musical é forte, o que faz valer e aumentar significativamente a emoção e reflexão que fica em nós.

'You can't change who people are. 
Then what can I do?
You love them.'

'Push yourself. Don't settle. Just live well. Just live.'

'You only get one life. It's actually your duty to live it as fully as possible.'



Som:    https://www.youtube.com/watch?v=FGdaSDwKPG8



Tem dias que a reflexão é coisa quase obrigatória. Aqueles dias em que fazemos um quase balanço da nossa situação, da nossa vida, de quem nos acompanha, de quem entra, sai, de quem fica mesmo quando vai. 
Dias complicados, esses.
Amar não é fácil. Não é, pois não? Dá trabalho. Requer cuidado. Vontade, também. Mas fala-se, vive-se, com tal facilidade como a troca de camisola. Amores momentâneos, amores de boca para fora, porque é fácil dizer que se gosta, que se ama. Amores egoístas que fazem valer unicamente a própria vontade, geralmente uma só (se é que me entendem). Amores sem responsabilidade, amores sem intenção de Amar. 
A verdade, é que acho nunca ter vivido Amor. Já o senti, sei que já o senti. Soube-o quando doeu. Mas acho que nunca vivi Amor, na pele. Se o tivesse vivido, se fosse Amor não voltaria as costas, certo?
Era tão mais fácil se olhássemos o outro como se nos víssemos a nós mesmos. Qualquer, qualquer fosse esse 'outro'. O vizinho do lado, a senhora da padaria, o homem que nos toca o braço no autocarro, o empurrão na caixa de supermercado, o nosso melhor amigo, a nossa mãe, a pessoa que nos faz segurar a respiração. Seja quem for ... Era tão mais fácil se nos colocássemos mais vezes no lugar do outro ... 
O que nos dá o direito de magoar alguém? É o egoísmo, não é?!.. 

M'.

Comentários

Mensagens populares deste blogue