'The Neon Demon', Drama/Thriller, dirigido por Nicolas Winding Refn. 
A trama gira em torno de Jesse (Elle Fanning), jovem modelo iniciante, com rápido ascensão graças à sua beleza natural. O filme aborda a temática do padrão de beleza na sociedade, bem como inveja e transtorno causado, por tudo aquilo que és e alcanças. 
Numa das cenas, Refn usa um leopardo simbolizando metaforicamente as modelos, como uma beleza rara, extenuante, exótica, diferente das demais.
São notórias as mudanças psicológicas, tanto na protagonista, à medida que alcança sucesso, como das restantes personagens, com eventuais fracassos, originando ambiente hostil e competitivo, transformando por completo as pessoas.
É a velha história da miúda do interior, magoada, vulnerável, sensível e medrosa em busca de fama e reconhecimento, acabando por ser 'carne para canhão'.
Todo o filme é dotado de metáforas, numa leitura muito estética e uma violência distópica. O namorado de Jesse, funciona como se fosse cada um de nós que aprecia, resgatando a sanidade e chamando-a à razão (e como acontece quase sempre na vida real, passa à história, acabando por desaparecer da vida de Jesse). O dono do motel, personagem retratada pelo maravilhoso Keanu Reeves, é o verdadeiro predador sexual, o perigo que toda a mulher corre só porque é mulher. As duas modelos, artificiais, repletas de um falso e plástico corpo e rosto, que retrata o desespero e a busca incessante de uma beleza imposta pela sociedade e pelo mercado, criam um ódio de estimação movido pela inveja da beleza natural e pela candura de Jesse. E finalmente, temos uma outra mulher, Ruby, interpretada por Jena Malone, que busca a beleza interior e se fascina pela pureza, desvendando-se violenta e totalmente doida e demonstra isso mesmo em duas ou três cenas.
O final é completamente insano. Não vos aconselho a enfardarem pipocas à maluca, ainda vos dá uma congestão!
A escolha sonora de Cliff Martinez é, na minha opinião, muito forte, o que ajuda ao suspense ... Segurem o vosso psicológico! 


'Nothing fake, nothing false. A diamond in a sea of glass.'


Som:    https://www.youtube.com/watch?v=6gm61T7TBGY



E a vida é não só, mas também, isto. 
Já se sentiram ser diferentes dos demais? Não falo só no ideal e padrão de beleza, falo mesmo na forma de ser, pura e genuína, capaz de se destacar e distinguir dos demais, sem sequer se dar conta que tal acontece. Bem, eu já, sinto-o constante e diariamente. Não fisica, não me acho mais ou menos que ninguém, não fisicamente, mas na essência, na forma de ser, de pensar, nos ideais, personalidade, feitio, vontades, tão diferente que chega a doer. Não, não é um doer na pele, mas o doer dentro. As pessoas conseguem ser muito más, quando cruzam diferença, não é? O não saber como reagir à diferença, a ignorância, a estupidez, a hipocrisia, a falsidade, a inveja; fazem delas menos. Menos humanas, menos seguras, menos felizes, menos capazes, menos, menos, menos. Não é parvo, como alguém pode ficar feliz com a infelicidade do seu semelhante? Não é ridículo o que são capazes de fazer só para atingir um meio? Não é asquerosa a necessidade de passar por cima do outro, de o ferir, só porque sim? Invejar o sorriso do outro, devia ser proibido por lei! Tomara eu, que toda a gente fosse, seja, incomensuravelmente feliz!

M'.

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