'The Danish Girl', Romance/Biográfico, direcção por Tom Hooper.
Baseado no livro de David Ebershoff, inspirado e baseado na história verídica de duas mulheres dinamarquesas, Gerda Wegener (Alicia Vikander) e Lili Elbe, nascida como Einar Mogens Wegener, brilhantemente protagonizado por Eddie Redmayne.
Einar, tornou-se no primeiro caso documentado de um homem, que por meio de intervenção cirúrgica, mudou de sexo nos anos 20 do sec. XX, de uma brilhante envolvência, que nos faz perceber os dilemas emocionais, intensos e internos, não só de Einar, mas também dos inúmeros transexuais. Esta imponente história, serviu e serve ainda, de inspiração a milhares de homens e mulheres, que confusos com a sua identidade, são como que encorajados e impulsionados a uma aceitação e transformação.
O facto de nos mostrar a história de Einar/Lili e Gerta, faz-nos ter uma maior compaixão e carinho, com um leve toque de romancismo, dedicação e amizade, tudo aquilo que seria suposto encontrar na pessoa com quem partilhamos não só matrimónio, mas acima de tudo, a vida, e é acima de tudo, o que retrata no filme. Partilha-nos a veracidade e leva-nos à importância e compreensão dos dilemas de um transexual, mas acima de tudo, remete-nos à cumplicidade entre ambas, esperado em qualquer casal, focando a diferença óbvia, neste, uma vez que Gerta em nenhum momento julgou ou abandonou Lili. 
Cohen, consegue planos absolutamente magníficos e completamente deslumbrantes! Alexandre Desplat, sonoriza de forma mágica.
Destaque máximo para Eddie Redmayne, que se destacou em 2014, em 'The Theory of Everything', e consegue surpreender com altíssima distinção, novamente, em 'The Danish Girl'.

'I've only liked a handful of people in my life, and you've been two of them.'


Som:     https://www.youtube.com/watch?v=fOviRUDjZcA


Já pensaram a confusão e sofrimento que será nascer-se num corpo com o qual não nos identificamos? Sou leiga na matéria, teoricamente sei a distinção de homosexualidade, transformismo e transexualidade, mas na prática, faz-se confusão. Suponho que não se trate de uma escolha, é-se o que se é, nasce-se assim, não é uma escolha, quase como uma ida ao supermercado e escolher pêras ou bananas, mas é confuso, e imagino-o de uma dimensão tamanha, a quem passa na pele, muitas vezes agravada pela estupidez e ignorância de quem vê, sabe ou desrespeita a liberdade do outro. 

M'.

Comentários

Mensagens populares deste blogue